Bromeliaceae

Quesnelia edmundoi L.B.Sm.

LC

EOO:

18.412,001 Km2

AOO:

80,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Oliveira e Tardivo, 2023), com distribuição: no estado do Espírito Santo — nos municípios Alegre, Cachoeiro de Itapemirim e Mimoso do Sul —, e no estado do Rio de Janeiro — nos municípios Cachoeiras de Macacu, Casimiro de Abreu, Magé, Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Santa Maria Madalena, Silva Jardim, Tanguá e Teresópolis.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2023
Avaliador: Fernanda Ribeiro de Mello Fraga
Revisor:
Categoria: LC
Justificativa:

A espécie é descrita como erva, hermafrodita, sem usos ou potencial econômico. É endêmica do Brasil, onde ocorre nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, num total de 12 municípios. Ocorre na Mata Atlântica, em Floresta Ombrófila. Devido a ausência de estudos sobre tendências populacionais e análises quantitativas, a espécie pode ser avaliada apenas pelo critério B (distribuição geográfica). Apresenta 25 registros de ocorrência, distribuídos numa extensão de ocorrência (EOO) igual a 15994 km², ocupando uma área (AOO) de 76 km². A conversão de habitat em áreas de pastagem é o principal vetor de pressão, que incide severamente sobre a espécie e é responsável pela redução de 11,84% da AOO e 41,88% da EOO. A atividade é seguida pela conversão de habitats em áreas de mosaico de agricultura e pastagem, também responsável pela redução de 11, 21% da AOO e 15,37% da EOO. Infere-se um total de 15 localizações sujeitas à ameaça, sendo 7 localidades inseridas em Unidades de Conservação proteção integral. Dessa forma, ainda que a espécie possua área de ocupação restrita, os vetores de pressão diluem-se em mais de 10 localidades, e por isso a espécie não satisfaz o subcritério a, mesmo que se infira declínio contínuo de habitat, extensão de ocorrência e área de ocupação. Por isso, a espécie é atualmente avaliada como Menos Preocupante - LC.

Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Smithsonian Misc. Collect., 126(1): 34, 1955. É caracterizada por possuir inflorescência com brácteas florais imbricadas, subcoriáceas, cuculadas e de coloração amarelada. É afim de Q. arvensis por possuir pétalas cuculadas, apêndices petalares espatulados, filetes complanados e anteras lanceoladas, mas difere pelo aspecto geral vegetativo, indumento do escapo, forma e imbricamento das brácteas escapais, forma, consistência e coloração das brácteas florais, e pela morfologia polínica (Vieira, 2006).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido valor econômico da espécie.

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Não existem dados populacionais.

Ecologia:

Substrato:
Forma de vida: herb
Fenologia: perenifolia
Longevidade: perennial
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial)
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest, 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane Forest
Rebrotar: no
Detalhes: Erva. Ocorre na Mata Atlântica, em Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial) (Oliveira e Tardivo, 2023).
Referências:
  1. Oliveira, F.M.C., Tardivo, R.C., 2023. Quesnelia. Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. URL https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB6339 (acesso em 02 de fevereiro de 2023)

Reprodução:

Detalhes: A espécie é hermafrodita e iterópara. Com base nos registros, foi coletada com flores: de janeiro a dezembro; e com frutos: em novembro.
Fenologia: flowering (Jan~Dec), fruiting (undefined~undefined)
Estratégia: iteropara
Sistema sexual: hermafrodita

Ameaças (4):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1.1 Housing & urban areas habitat,occurrence past,present,future regional high
De acordo com o MapBiomas, os municípios Magé (RJ), Nova Iguaçu (RJ), Rio de Janeiro (RJ) e Tanguá (RJ) possuem, respectivamente, 16,26% (6354,03ha), 25,05% (13041,85ha), 55,67% (66823,85ha) e 7,88% (1126,77ha) de seus territórios convertidos em áreas de infraestrutura urbana, segundo dados de 2020 (MapBiomas, 2022a). Em 2020, a espécie apresentava 6,30% (100.742,62 ha) da sua EOO convertidos em áreas de infraestrutura urbana, atividade que cresce a uma taxa de 0,1% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 1999 até 2020, a conversão tem crescido a uma taxa de 0,12% aa (MapBiomas, 2022b).
Referências:
  1. MapBiomas, 2022a. Projeto MapBiomas - Coleção 6 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 2020. Municípios: Magé (RJ), Nova Iguaçu (RJ), Rio de Janeiro (RJ) e Tanguá (RJ). URL https://drive.google.com/file/d/1RT7J2jS6LKyISM49ctfRO31ynJZXX_TY/view?usp=sharing (acesso em 27 de fevereiro de 2023).
  2. MapBiomas, 2022b. Projeto MapBiomas - Coleção 6 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 1985 e 2020. URL https://https://mapbiomas.org (acesso em 27 de fevereiro de 2023).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.1.4 Scale Unknown/Unrecorded habitat,occupancy past,present,future national medium
Em 2020, a espécie apresentava 11,21% (896,97 ha) da sua AOO convertidos em áreas de mosaico de agricultura e pastagem, atividade que diminui a uma taxa de -0,24% aa desde 1985 até 2020. Não foi verificada qualquer reversão de tendência (MapBiomas, 2022).
Referências:
  1. MapBiomas, 2022. Projeto MapBiomas - Coleção 6 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 1985 e 2020. URL https://https://mapbiomas.org (acesso em 27 de fevereiro de 2023).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded habitat,occurrence past,present,future national high
De acordo com o Atlas das Pastagens Brasileiras, os municípios Alegre (ES), Cachoeiro de Itapemirim (ES), Mimoso do Sul (ES), Cachoeiras de Macacu (RJ), Casimiro de Abreu (RJ), Magé (RJ), Nova Iguaçu (RJ), Rio de Janeiro (RJ), Santa Maria Madalena (RJ), Silva Jardim (RJ), Tanguá (RJ) e Teresópolis (RJ) possuem, respectivamente, 60,92% (46105,54ha), 51,83% (44810,02ha), 48,98% (42583,24ha), 24,16% (23062,87ha), 42,03% (19457,49ha), 13,97% (5458,3ha), 17,98% (9358,63ha), 8,39% (10075,94ha), 37,22% (30180,94ha), 39,81% (37329ha), 50,8% (7264,4ha) e 16,14% (12480,73ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem, segundo dados de 2020 (Lapig, 2022). De acordo com o MapBiomas, os municípios Alegre (ES), Cachoeiras de Macacu (RJ), Cachoeiro de Itapemirim (ES), Casimiro de Abreu (RJ), Magé (RJ), Mimoso do Sul (ES), Nova Iguaçu (RJ), Rio de Janeiro (RJ), Santa Maria Madalena (RJ), Silva Jardim (RJ), Tanguá (RJ) e Teresópolis (RJ) possuem, respectivamente, 60,68% (45923,13ha), 23,89% (22804,5ha), 50,08% (43300,21ha), 40,86% (18914,1ha), 11,99% (4686,93ha), 48,41% (42092,21ha), 15,15% (7887,48ha), 5,11% (6139,13ha), 37,1% (30088,26ha), 38,05% (35680,32ha), 49,36% (7059,43ha) e 15,36% (11880,88ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagens, segundo dados de 2020 (MapBiomas, 2022a). Em 2020, a espécie apresentava 11,84% (947,01 ha) da sua AOO convertidos em áreas de pastagem, atividade que diminui a uma taxa de -0,26% aa desde 1985 até 2020. Não foi verificada qualquer reversão de tendência. Em 2020, a espécie apresentava 41,88% (669.814,45 ha) da sua EOO convertidos em áreas de pastagem, atividade que diminui a uma taxa de -0,16% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 2000 até 2020, a conversão tem diminuído a uma taxa de -1,10% aa. Em 2020, a espécie apresentava 11,21% (896,97 ha) da sua AOO convertidos em áreas de mosaico de agricultura e pastagem, atividade que diminui a uma taxa de -0,24% aa desde 1985 até 2020. Não foi verificada qualquer reversão de tendência. Em 2020, a espécie apresentava 15,37% (245.755,41 ha) da sua EOO convertidos em áreas de mosaico de agricultura e pastagem, atividade que diminui a uma taxa de -0,09% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 2000 até 2020, a conversão tem crescido a uma taxa de 0,45% aa (MapBiomas, 2022b).
Referências:
  1. Lapig - Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento, 2022. Atlas Digital das Pastagens Brasileiras, dados de 2020. Municípios: Alegre (ES), Cachoeiro de Itapemirim (ES), Mimoso do Sul (ES), Cachoeiras de Macacu (RJ), Casimiro de Abreu (RJ), Magé (RJ), Nova Iguaçu (RJ), Rio de Janeiro (RJ), Santa Maria Madalena (RJ), Silva Jardim (RJ), Tanguá (RJ) e Teresópolis (RJ). URL https://www.lapig.iesa.ufg.br/lapig/index.php/produtos/atlas-digital-das-pastagens-brasileiras (acesso em 27 de fevereiro de 2023).
  2. MapBiomas, 2022a. Projeto MapBiomas - Coleção 6 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 2020. Municípios: Alegre (ES), Cachoeiras de Macacu (RJ), Cachoeiro de Itapemirim (ES), Casimiro de Abreu (RJ), Magé (RJ), Mimoso do Sul (ES), Nova Iguaçu (RJ), Rio de Janeiro (RJ), Santa Maria Madalena (RJ), Silva Jardim (RJ), Tanguá (RJ) e Teresópolis (RJ). URL https://drive.google.com/file/d/1RT7J2jS6LKyISM49ctfRO31ynJZXX_TY/view?usp=sharing (acesso em 27 de fevereiro de 2023).
  3. MapBiomas, 2022b. Projeto MapBiomas - Coleção 6 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 1985 e 2020. URL https://https://mapbiomas.org (acesso em 27 de fevereiro de 2023).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 7.1.3 Trend Unknown/Unrecorded habitat,occurrence past,present,future national medium
Um total de 10,94% (36,5km²) da EOO útil da espécie queimaram em 2020 [Mosaico Agricultura e Pastagem (10,77%), Pastagem (0,12%), Floresta (0,02%), Afloramento Rochoso (0,02%), Campo Alagado e Área Pantanosa (0,01%)] (MapBiomas-Fogo, 2022).
Referências:
  1. MapBiomas-Fogo, 2022. Projeto MapBiomas - Coleção 1 do Mapeamento de cicatrizes de fogo no Brasil, dados de 2020. URL https://https://mapbiomas.org (acesso em 27 de fevereiro de 2023).

Ações de conservação (3):

Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018).
Referências:
  1. Pougy, N., Martins, E., Verdi, M., Fernandez, E., Loyola, R., Silveira-Filho, T.B., Martinelli, G. (Orgs.), 2018. Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro. Secretaria de Estado do Ambiente-SEA: Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro. 80 p.
Ação Situação
5.1.2 National level needed
A espécie ocorre em território que será contemplado por Plano de Ação Nacional Territorial (PAT), no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território PAT Capixaba-Gerais - 33 (ES).
Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio Macacu, Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio São João - Mico Leão, Área de Proteção Ambiental da Pedra Branca, Área de Proteção Ambiental de Petrópolis, Parque Estadual do Desengano, Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Reserva Biológica de Poço das Antas, Reserva Biológica do Tinguá e Reserva Particular do Patrimônio Natural Reserva Ecológica de Guapiaçu.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.